zero a zero
Hoje vejo minha vida assim
Zero a zero.
Um vida que ao apito final
Terminou como iniciou e nada acrescentou
Nada se concretizou.
Todas as ações bateu na trave,
Então foi uma vida que nem deveria ter sido vida
Não sou grão de areia, não sou nada, nem teia
Não teci nada, não criei nada.
Nem barro, nem lodo, nem extrume
Não fui alimento sem para a lotus
A flor do lodo.
Entre angustias e angustias
Ninha existência é algo que inexistil
Foi apenas
Um ato inútil do átomo
Que ao se descuidar, criou o inicriável
Uma aberração da vida, um angustia para a morte
Não tenho a sorte da vida e nem o azar da morte
Sou antimatéria de antimatéria.
Um monte de nada, um falcatrua da vida
Um dilema da existênica.
E assim ao apito final
Zero a zero
Ficou também este
Texto de delírio total.