zero a zero

Hoje vejo minha vida assim

Zero a zero.

Um vida que ao apito final

Terminou como iniciou e nada acrescentou

Nada se concretizou.

Todas as ações bateu na trave,

Então foi uma vida que nem deveria ter sido vida

Não sou grão de areia, não sou nada, nem teia

Não teci nada, não criei nada.

Nem barro, nem lodo, nem extrume

Não fui alimento sem para a lotus

A flor do lodo.

Entre angustias e angustias

Ninha existência é algo que inexistil

Foi apenas

Um ato inútil do átomo

Que ao se descuidar, criou o inicriável

Uma aberração da vida, um angustia para a morte

Não tenho a sorte da vida e nem o azar da morte

Sou antimatéria de antimatéria.

Um monte de nada, um falcatrua da vida

Um dilema da existênica.

E assim ao apito final

Zero a zero

Ficou também este

Texto de delírio total.

Menelau
Enviado por Menelau em 11/08/2011
Reeditado em 11/08/2011
Código do texto: T3153443
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