À luz de velas

O curto – circuito não mensura tamanho,

mas o ter se fechado antes da resistência;

Lá, seria calor, luminescência…

Mas, cabos expostos, contato prematuro,

potência destruída pelo ato,

energia chegando às vias de fato.

Fusão que bloqueou o fluxo,

deixando carência de luz e calor;

Cabos da esperança, num rolo,

pois o fado não mais é instalador…

Tais poderiam conduzir consolo,

não fossem certo interruptor.

E a rede de intrigas que se instalou,

só conduz desdita avesso poder;

A força do engano a luz do dia,

faz girar um ciclo que conta a dor,

várias lâmpadas empoeiradas,

sonegam a luz, privando da cor.

Numa fase se fez um “gato”,

pois há uma barraca lá no fundo;

Ilícita chama alumia seu mundo,

mas a casa da frente,

quão diferente daquela!

Romantismo? Não. Solidão a luz de vela…

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 11/08/2011
Código do texto: T3152997
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