Não dito e maldito

As verdades não ditas

Não são verdades,

São imaginações reais

Os amores não verbais

Não são amores

São sentimentos híbridos

Que se misturam aos ventos,

Aos moinhos, aos vendavais

A borrasca distante em outro continente

Os paradoxos não explicados

Não são paradoxos,

São ciclos ditados pela dinâmica humana

De ser em não ser

E de não ser apesar de estar sendo…

Todo esse silêncio eternamente semântico

Todo esse signo grafado pelas fisionomias humanas

Riscado por rugas, por esgar e faceta

Grifam e gritam

Dores, angústias, esperanças, felicidades

Jacentes à alma humana

O homem a tudo humaniza

Da pedra ao éter

E é no céu humano

Onde outras estrelas dispontam

Onde os anjos não cantam em corais

E que o amor brota silenciosamente

Num ritual mediúnico das manhãs

No gotejar secreto das lágrimas

E, por detrás da máscara da face

Que oculta de todos, a evidência escrachada

Que somos nós.

O que é dito e maldito.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 08/08/2011
Código do texto: T3146761
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.