Som do silêncio

A madrugada se aproxima

A madrugada me persegue

O frio chega, ninguém o recebe

Apenas o resta correr entre as minhas veias.

O sangue congela, o rosto se queima

Solitário, nenhum ruído

A escuridão, a minha doce amiga

A minha companheira

Que até mesmo de olhos fechados

Ela ainda estará comigo

Me perseguindo

Os sentidos, o que serão os sentidos?

Minha fala é dita, mas não pode ser ouvida

Estou aos ouvidos, mas não escuto

Só me resta guarda-me

Pelo som do silêncio.