NÉVOA DE SOLIDÃO

Procuro o que restou de mim

Passo horas olhando o infinito

Fixo as estrelas, o céu

Encontro-me vagando

Nas cadeias deslumbrantes do universo

A noite para mim é fascinação

Nela retenho minha atenção

Fico estática, a dor some

A emoção dilata o pensamento

Sinto-me refém da solidão

Mas contemplo o mundo por uma

janela que só eu conheço

Sou aprendiz melancólica e lenta dos

sonhos não idealizados

Vivo pela retina, do foco da menina

dos olhos de Deus

04/08/2011.

Esperança Castro
Enviado por Esperança Castro em 04/08/2011
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