Folhas Mortas
Alma despedaçada cravejada de espinhos
Solitária percorres os íngremes caminhos
Insanos desejos de a primavera encontrar
Quando as flores se recusam desabrochar
Ecoam teus gritos nas tristes madrugadas
Banhados no sal do pranto, da paz isolada
Ouves apenas os ruídos das folhas mortas
Sentes o gélido vento atravessar as portas
Sorves estagnada a enxurrada da desilusão
Cercada pelo gradil dilacerante da solidão
Mergulhas na areia movediça frágil coração
Sentes-te sufocada pelas lembranças fúteis
Sobrevives teimosa aos árduos desajustes
Entre os vultos tatuados do passado inútil.
(Ana Stoppa)
Alma despedaçada cravejada de espinhos
Solitária percorres os íngremes caminhos
Insanos desejos de a primavera encontrar
Quando as flores se recusam desabrochar
Ecoam teus gritos nas tristes madrugadas
Banhados no sal do pranto, da paz isolada
Ouves apenas os ruídos das folhas mortas
Sentes o gélido vento atravessar as portas
Sorves estagnada a enxurrada da desilusão
Cercada pelo gradil dilacerante da solidão
Mergulhas na areia movediça frágil coração
Sentes-te sufocada pelas lembranças fúteis
Sobrevives teimosa aos árduos desajustes
Entre os vultos tatuados do passado inútil.
(Ana Stoppa)