Eclâmpsia da Solidão
Minha cabeça gira
em torno de diversos sóis!
Mas...
nenhum deles briha...
Estão todos ofuscados
pela CONFUSÃO gerada
no útero
da minha alma.
Estão todos dilacerados
pela ESCURIDÃO que deu À LUZ
no parto da
SOLIDÃO.
E hoje...
amamento-a no peito,
não com leite...
mas...
... com SANGUE!
E depois,
a embalo no espírito
tentando trazer-lhe
o SONO ETERNO
(entoando canções funestas)!...
Em vão!
Ela, a SOLIDÃO,
habita perene
no humano coração.
Seu sono é leve
E quando acorda:
CHORA!
GRITA!...
Tem fome?
Sim...
... de sangue!...
... de lágrimas...
... de dor!
É este
o seu sustento!!
Mas ela,
a SOLIDÃO...
VIVE!
Hoje...
e
... SEMPRE!!