Gratidão à intérprete imparcial

Quando não há a quem recorrer,

Quando não há para onde fugir,

Quando não há voz audível,

Quando nenhum abraço pode ser sentido,

Quando não há em quem confiar,

Quando até mesmo a sensibilidade insiste em partir e somente as palavras guardadas numa imensa caixa cheia de vazio ficam, sei que posso contar com ela, a escrita, amiga de todos momentos, a que permanece quando todos se vão.

A que ouve e interpreta o que nem o ouvido dos mais sábios poderiam fazê-lo.

Muito obrigada minha cara por ouvir o inaudível, abraçar o impalpável, confortar o inconfortável e o mais importante, obrigada por não julgar quem lhe concede a existência.