INCONSTÂNCIA
Ando por dentro de mim mesmo,
Na inconstância de meus passos.
Nas ruas onde passo,
Deixo tudo de Minh’alma,
Inclusive a sombra,
Que ao passar do tempo, solidifica-se.
Ando por onde andei antes,
Na suposta busca de meu âmago,
Na inconstância da releitura do tempo.
Aonde vou? Quem sou?
Ando por dentro de mim mesmo,
E no espelho da alma,
Vejo refletir minha figura animal,
Cão alvinitente, esfomeado de amor.
Faltam apenas alguns minutos,
Para que eu encontre o regresso.
Para que eu possa voltar,
Da inconstância do tempo,
Onde fui me buscar...