FALTA DE TUA FLOR
Ah, que dor que me dilacera!
Dor da alma
da angústia
da solidão
Excesso de amor
Falta de tua flor.
Momento em que desejos insanos
Misturam-se com o bom senso.
Estou entre tantos,
Solitário, entretanto.
Não posso falar para ti
O quê atinge o meu âmago
E esfria o meu estômago.
É dor doída, solitária.
Torna-me pensante.
Rouba-me a calma
Imagino-te com ardor
Transforma-me em ser de cera
de gelo
de gesso
faz-me farsante
Não me deixa possante.
A transitoriedade entre o dever e a insensatez
não deixa eu viver
-me mate talvez.
Sobrevivo com intrepidez.
Colherei um dia teu pendor.
L.L. Bcena, 07/11/1999
POEMA 254 – CADERNO: ROSA VERMELHA.