FALTA DE TUA FLOR

Ah, que dor que me dilacera!

Dor da alma

da angústia

da solidão

Excesso de amor

Falta de tua flor.

Momento em que desejos insanos

Misturam-se com o bom senso.

Estou entre tantos,

Solitário, entretanto.

Não posso falar para ti

O quê atinge o meu âmago

E esfria o meu estômago.

É dor doída, solitária.

Torna-me pensante.

Rouba-me a calma

Imagino-te com ardor

Transforma-me em ser de cera

de gelo

de gesso

faz-me farsante

Não me deixa possante.

A transitoriedade entre o dever e a insensatez

não deixa eu viver

-me mate talvez.

Sobrevivo com intrepidez.

Colherei um dia teu pendor.

L.L. Bcena, 07/11/1999

POEMA 254 – CADERNO: ROSA VERMELHA.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 16/07/2011
Reeditado em 16/07/2011
Código do texto: T3099425
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