Dores e Poemas
Sempre esses dilemas.
Sempre esses poemas
que não sabem se riem
ou se choram,
que não sabem se xingam
ou se imploram.
Sempre os poetas loucos
que se acham tantos
ou se acham poucos.
À disfarçarem em letras,
à esconderem-se em versos;
poemas rosas champanhes
ou só cachaças infames.
Doídos poetas doidos,
sangrados e doloridos,
excomungados e esquecidos.
Ah ! Doidos poetas doídos !