A ÚLTIMA SONATA
Numa sinfonia a outra
escrevo uma estória,
ao coração ilibado o afã
num ômega de bradar,
num sorriso e um olhar estridente,
onde a suavidade das sonatas
penetrantes ao puro mel da paixão
num angustiante suor divinal
onde o néctar cauteloso,
passa por entre as linhas obscuras da vossa mente
e atrai para si,
o que jamais ouviria
ou até mesmo veria,
como o nascer de uma flor,
sobre os campos amaldiçoados
por sangue pecaminoso,
a contaminar o solo virgem,
ou até mesmo sobre as trevas
d'uma noite interminável,
ouviria sem que ao menos pudesse,
o pulsar de um coração solene e vil
e o suspiro de um poeta
vencido pela morte,
antes mesmo de entoar
A ÚLTIMA SONATA.