A DICOTOMIA DO AMOR
O meu coração pulsa em constante dor.
Ando pelo sertão, em um envólucro de solidão. Pensei
Ser amado, mas acordei solitário em uma confusão de sentimentos.
Logo percebi, não se tratava de amor, pois ele é um protetor.
Fui condenado a uma sentença, vagar na decepção.
Mas a pena é curta, o sentimento é que é dolorido.
Peregrinarei sofrido, por um tempo, pela minha existência. Até chegar
O momento de contemplar os olhos da honestidade e revigorar-me.
Ao cultivar os jardins de poesias, espero encontrar o remédio, que me
Trará a cura e o ânimo para chegar ao crepúsculo da idade. Ou
Encontrar uma flor que exale o perfume, que me acorde, e me faça
Entender que a paixão não é para trazer dor e sim, liberdade.
Hoje não consigo entender o meu sofrer, será o amor
Um estado dicotômico, que mistura prazer e dor? Talvez as
Flores do jardim que brota no coração do poeta, explique a harmonia
Do antagonismo deste sentimento, carregado de prazeres e dores.