A DICOTOMIA DO AMOR

O meu coração pulsa em constante dor.

Ando pelo sertão, em um envólucro de solidão. Pensei

Ser amado, mas acordei solitário em uma confusão de sentimentos.

Logo percebi, não se tratava de amor, pois ele é um protetor.

Fui condenado a uma sentença, vagar na decepção.

Mas a pena é curta, o sentimento é que é dolorido.

Peregrinarei sofrido, por um tempo, pela minha existência. Até chegar

O momento de contemplar os olhos da honestidade e revigorar-me.

Ao cultivar os jardins de poesias, espero encontrar o remédio, que me

Trará a cura e o ânimo para chegar ao crepúsculo da idade. Ou

Encontrar uma flor que exale o perfume, que me acorde, e me faça

Entender que a paixão não é para trazer dor e sim, liberdade.

Hoje não consigo entender o meu sofrer, será o amor

Um estado dicotômico, que mistura prazer e dor? Talvez as

Flores do jardim que brota no coração do poeta, explique a harmonia

Do antagonismo deste sentimento, carregado de prazeres e dores.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 14/07/2011
Código do texto: T3094846
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.