Súplica do boêmio

Num langor, caminho triste
qual falena isolada.
Tenho a alma num suplício,
querendo de volta minha amada.

Ó, noite companheira
de agora e muitas estradas!
Me acode, me esgueira
desta dor n'alma atrelada!

Ouve os lamentos
deste boêmio, tem dó!
Padecendo ao relento,
andando sempre só.

Quando pega a viola,
a entoação é triste,
e na face o pranto rola
pela mulher que lhe resiste.

Ó, Lua cheia, prateada,
que tão linda vejo daqui!
Ilumina minha face
e ouve meu pedir.
Traz depressa minha amada
para me fazer sorrir.


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AURISMAR MAZINHO MONTEIRO
Enviado por AURISMAR MAZINHO MONTEIRO em 04/07/2011
Reeditado em 23/08/2021
Código do texto: T3075271
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