Bailarina.
Como se fosse noite e a lua cheia nos falasse “por que não?”,
Reinava o silêncio chato de um balé desgovernado.
Sabe, quando acaba o espetáculo e não tem um puto pra aplaudir?
O silêncio de um sapateado descalço...
Como se fosse noite, ela dançava em solidão
Em meio aos ventos e aos abafados violões.
Se pareando à lua cheia, só eu a vi rodar.
Seu colo refletindo as luzes,
Seu cerne ricocheteando para a minha direção.
Só mesmo eu podia respirar.
Se, ao menos, ela soubesse ser amada.
Se, ao menos, ela rodasse nos meus braços...
Vi seus olhos borrados pela noite, pela lua cheia
E se, ao menos, estes olhassem para mim...
Sabe quando as sapatilhas estão desgastadas no canto
Enquanto não se ouve nenhum canto?
Mas quando eu olho o encanto solitário,
Minhas palmas não ecoam,
Mas ouvi os sons da sua transpiração
A cada passo para o nada,
A cada pirueta nas quais nostalgiava.
Ela não parava tentando ouvir o som.
Ela não parava desamparada.
Ela, simplesmente, não parava.
Não parava.
E foi, aí, que eu a encontrei.
Como se fosse noite e a lua cheia nos falasse “por que não?”,
Reinava o silêncio chato de um balé desgovernado.
Sabe, quando acaba o espetáculo e não tem um puto pra aplaudir?
O silêncio de um sapateado descalço...
Como se fosse noite, ela dançava em solidão
Em meio aos ventos e aos abafados violões.
Se pareando à lua cheia, só eu a vi rodar.
Seu colo refletindo as luzes,
Seu cerne ricocheteando para a minha direção.
Só mesmo eu podia respirar.
Se, ao menos, ela soubesse ser amada.
Se, ao menos, ela rodasse nos meus braços...
Vi seus olhos borrados pela noite, pela lua cheia
E se, ao menos, estes olhassem para mim...
Sabe quando as sapatilhas estão desgastadas no canto
Enquanto não se ouve nenhum canto?
Mas quando eu olho o encanto solitário,
Minhas palmas não ecoam,
Mas ouvi os sons da sua transpiração
A cada passo para o nada,
A cada pirueta nas quais nostalgiava.
Ela não parava tentando ouvir o som.
Ela não parava desamparada.
Ela, simplesmente, não parava.
Não parava.
E foi, aí, que eu a encontrei.