TÃO RECENTEMENTE
Ainda há pouco eu te ouvia
falando colado ao meu ouvido
as coisas que eu mais queria
de um jeito quase atrevido
E me abraçando de um jeito tão suave
como fosse eu toda fragilidade
com jeitinho encontrando a chave
da porta da minha feminilidade
Em meu corpo os arrepios
das suas mãos deslizando lentamente
causando-me os mais doces calafrios
amando-me inteira e perdidamente
Parece que foi ontem ou ainda há pouco
que tudo isto acontecia
um amor ardente, quase louco
e depois a calmaria
As lembranças dentro de mim tão recentes
desfilam uma a uma no meu pensamento
as tuas mãos quentes e agora ausentes
deixam-me perdida naquele momento
Ouço a nossa música preferida
revivo as cenas do amor que nos alimentou
indo de encontro a nossa despedida
e com amargura vejo o que me restou
Uma saudade arrochando o meu peito
a amargura e um nó preso na garganta
enquanto deito silenciosa em meu leito
é a solidão quem me abraça e canta
Célia Jardim
Ainda há pouco eu te ouvia
falando colado ao meu ouvido
as coisas que eu mais queria
de um jeito quase atrevido
E me abraçando de um jeito tão suave
como fosse eu toda fragilidade
com jeitinho encontrando a chave
da porta da minha feminilidade
Em meu corpo os arrepios
das suas mãos deslizando lentamente
causando-me os mais doces calafrios
amando-me inteira e perdidamente
Parece que foi ontem ou ainda há pouco
que tudo isto acontecia
um amor ardente, quase louco
e depois a calmaria
As lembranças dentro de mim tão recentes
desfilam uma a uma no meu pensamento
as tuas mãos quentes e agora ausentes
deixam-me perdida naquele momento
Ouço a nossa música preferida
revivo as cenas do amor que nos alimentou
indo de encontro a nossa despedida
e com amargura vejo o que me restou
Uma saudade arrochando o meu peito
a amargura e um nó preso na garganta
enquanto deito silenciosa em meu leito
é a solidão quem me abraça e canta
Célia Jardim