Borboletas
Tenho me encontrado nos intervalos de uma respiração nocturna,
no silêncio brutal da minha companhia solitária;
no tormentoso pensamento da partida daquele que nunca esteve presente...
É como se minha respiração começasse a faltar, ainda que meus pulmões estejam repletos...
Tenho o peso do universo sobre as minhas asas, eu só precisava voar está noite...
Preciso voar ao meu encontro...
Porque uma parte de mim é solidão e a outra é a companhia.
É tanto vazio num ser tão repleto...
E desta forma tenho visto o mundo na horizontal...
Tenho observado minhas emoções escorrerem por minha face...
E sigo procurando os lugares mais lindos para os meus dias tristes!
Vivo fugindo de mim...
Vivo a minha procura...
E me encontro em alguns instantes feliz.
As minhas mãos estão vazias está noite...
O meu jardim morreu de saudades daquilo que era o meu melhor,
daquilo que cuidei com tanto zelo, que o fiz mais forte dia após dia...
Entreguei o meu amor àquelas que fazem à morte do jardim ser mais leve,
mais encantadora e multi colorida.
As borboletas estão nos intervalos da respiração nocturna. Nas quais eu me encontro e faço parte de mim.