Trevas Do Eu

Valete dos Anjos

Ontem a brisa tocou-me levemente,

tendo o suspiro doce da manhã latente.

Os raios infinitos da claridade profunda,

Afunda o meu descontentamento.

Tudo inunda a imunda carne profana

que difama a trama do poente sem fim...

Os raios que fin (da) ao final do dia,

traz as trevas do meu eu...

Ateu de mim mesmo,

No céu da minha alma.

Hoje no esquecimento do sol nascente,

fico na rede engasgado em meu anzol.

Tendo em minha garganta somente o nó.

Pois na tristeza profunda,

vivo no inferno astral.

Tendo no sal da minha alma,

a presença do sol...

Italo Gouveia
Enviado por Italo Gouveia em 27/06/2011
Reeditado em 14/08/2011
Código do texto: T3060852
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