A Chaga Mortal do Homem que Vivia na Noite
Era uma vez um homem...
Não, imbecis, não humano...
Apenas homem...
Se era vivo ou morto, ninguém sabia...
Ele estava sempre lá, e existia...
E para os outros isso tanto fazia...
Para este homem, a luz era difusa...
E o dia não existia...
Seus olhos só enxergavam a escuridão da noite...
Sua pele só sentia a brisa fria, que tirava de si o calor dos vivos...
Seus ouvidos só ouviam um eterno e lúdico silêncio...
Em meio àquele grande, estranho, lindo, e vivo mundo...
E quando a verdadeira noite vem...
Esse homem se enche de júbilo...
Pois sua mente é doente, e sua alma é amaldiçoada...
E com ambos ele arde...
Uma ardência fria...
E a sanguinolência o guia pela estrada do tempo...
Com um desejo assassino...