Estrelas da Eternidade


Vestiu o manto da noite para chorar a saudade
Enfeitou-se de estrelas pediu  à lua  claridade
Abriu as janelas da alma buscando a felicidade
Só encontrou a solidão disfarçada de bondade
 

Salpicou com as estrelas a triste imagem nua
 Clareou a  madrugada que despontava na rua   
Pétalas dos sonhos desfeitos coloriam o  leito
Revirado pela mágoa  transbordante no peito
 

Ah! infinitos  sonhos inutilmente perseguidos
Sementes fincadas na árida terra desnutrida
Jamais farão brotar as esperanças  perdidas
 

Determinada planta as  mudas da afetividade
Canteiros da ternura divorciados da claridade
Assim segue,  espera colhê-las na eternidade


(Ana Stoppa)


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Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 24/06/2011
Reeditado em 24/06/2011
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