(En)Fim

Em que momento,

prenhe de tristeza e infinito,

o amor deixa então de ser amor

pra ser somente isso?

Isso que se vê agora

e que não se nomeia

por falta de nomes

e excesso de dores.

Em que dia,

calado em gritos de frio,

a esperança se recolhe

se atrofia

e então morre?

É quando nasce em seu lugar

a derradeira hora

De sentir o que se sente agora

Mas não se chora

Por falta de coragem

Ou excesso de memória.

Lucan Fernandes
Enviado por Lucan Fernandes em 20/06/2011
Reeditado em 20/06/2011
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