As parábolas que surgem em minha mente.
São deslumbrantes as parábolas que surgem em minha mente.
Desmente que minha mente é sóbria.
Talvez eu viva num alcoolismo sem beber.
Vivo de quê?
Talvez seja um porquê de tudo.
Talvez eu represente o tal do obscuro,
Mas isso enaltece o que eu mais tenho de culto.
Eu sou puto e, ao mesmo tempo, adormece o que eu mais tenho de puro.
Reencontro o regozijo de salientar o meu poetar.
Poeta então o poeta de pernas tortas,
De dedos encurvados, mas de mente sábia.
Sabe-la de onde vem essa porra...
Puta que pariu! Não ligo para isso.
Eu quero mais. Eu quero mais que isso.
Eu quero entrar no seu subconsciente.
Quero fazer parte do seu almoço,
Do seu café da tarde e da sua janta.
Quero dormir com você.
Quero entrar nos seus sonhos.
Quero ser o obscuro do seu lado.
Tantas vezes, em minha mente e em meus dedos,
Eu nem mesmo me importei.
Me empanturro de solidão,
Mas os meus pratos estão numa mendigues.
Meus talhares estão tortos como os meus dedos.
Como minha mente – de sobremesa.