Ecos da solidão!

Renasci do mundo das sombras

Repleta de frio, gelando-me na alma

Escuto as vozes longínquas, vozes confusas

Vozes do além, onde estás tu? Onde?

Martelo as paredes, desesperada, as procuro

Elas vêm dali, as sombras se movem diabolicamente

O medo invade minha alma, apenas tremo de medo

Minhas pernas estão bambas, dormentes, cansadas

Algo gélido, algo sinistro, toca os meus ombros

Quis sumir da terra, que era aquilo que me que tocava?

Eu não o entendo, não vejo nada, vai além de mim

Volta tocar-me, minha garganta sente um nó fechado

Quero gritar, mas não consigo nada sai nada, inerte!

Mas o que é isto que vai além de mim? Grito!

O medo invade a minha alma, o gélido consume-me

Meu coração bate, descompassado, como ele bate

As sombras se movimentam ao meu redor, são tantas!

O cheiro incomoda o meu nariz, cheira a podre, mal

Escuto movimentos, a vida lá fora, respiro de novo

Tento acalmar o meu coração, algo acontece ali

Era o tempo, o tempo parou, sugou as lembranças

De uma vida ativa, cheia de muitas alegrias, passada

Mas o tempo, esse não perdoa, não mede distancias

Trás consigo os ponteiros afiados, batendo, as horas

Trazendo a solidão, apenas a solidão em forma de ecos...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 20/06/2011
Código do texto: T3045848
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.