MEDO DA REALIDADE

Acendo um cigarro,/

apanho o copo de bebida/

Olho o tempo passar,/

o tempo passa, e eu fico/

Fico naquela expectativa/

de ver o copo vazio/

E encho de novo./

Sonho com um mundo/

sem sonhos e saudades/

Sem abusos e usos, sem cigarro/

Que acendo de novo./

Aí nasce a esperança,/

peço licença e saio/

Para que o mundo viva./

E a tosse me faz voltar,/

para a realidade da vida/

Orando estou sóbrio/

A ferida da esperança abre,/

por isso sou ébrio/

E não quero acordar,/

encho o copo de novo/

Olho em derredor,/

vendo a cisma humana/

Procurando vida mundana./

Aí percebo, estou sóbrio/

e sonho me iludindo/

Sonho quase acordado/

e o copo fica vazio/

A guerra me fere,/

pego o fuzil e vou/

tentando fugir da terra,/

para guerrear em outro lugar/

Querendo,/

acendo o cigarro, o pigarro me avisa/

Que há exagero/

Então para de sonhar acordado/

Bombas, saudades, guerra,/

estão querendo acabar/

Com o pouco que existe /

Aí caio em depressão,/

encho o copo e bebo/

E caio de pileque/

por medo enfrento a realidade./

luiz machado
Enviado por luiz machado em 17/06/2011
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