Linhas de Solidão

Tatuado no peito

Está o tempo, menestrel dos ventos,

A palavra nas noites sem luar,

A escritura que aproxima

Divagando nas entrelinhas!

No centro dos elementos,

A minha dor em doses perfeitas

Regando meus reversos,

Insinuando destinos encouraçados,

Apoiados no verde como o mar do sonhar!

Por prenúncios idílicos,

Entrego-me em preces

Flutuando sob meu birô melancólico

D’onde o ouvir sublima meu bem querer,

Entalhando em pérolas o ser, o viver divino!

Como dançarinas,

São estás palavras conduzidas

Pelo que vem de dentro, do brilho

Esvoaçante da flor, acariciando a face

Úmida pelo sabor do gostar!

Auber Fioravante Júnior

15/11/2011

Porto Alegre - RS