O Santo e a Maldição

Já tinha me esquecido:

Ano passado encontrei o ''santo'' no bolo.

Cômico.

Ironia do destino ou um destino irônico?

Nenhum dos dois. Castigo.

Engraçado.

Os trilhos da vida seguiram outra direção

E o santo está enterrado a sete palmos de terra

abaixo de uma planta qualquer.

Como eu, como ele.

Como o coração.

Nenhum de nós.

Namoro? Casamento? Couple?

Nenhum dos três.

Abismado com o fato ele corre

como quem corre do diabo em rota de fuga.

Abstraio. Sonolentas tardes de outono

ao som de ''Alívio Imediato", descompõem

o terraço do meu prédio.

Frases despedidas de um futuro incerto.

Tomado pelo acaso, caso uma palavra à outra

como quem procura a solução pro seu veneno

Andrógeno.

Afasto. BUM!

Atropelo meia dúzia de versos pra dizer:

"É sempre amor, mesmo que não mude"

Mesmo que se mude.

Um dia desses, na rotação da vida,

Eu encontro ele, novamente.

Daremos 10 voltas mais à Lua

para dizer Eu Te Amo.

Um dia.

Amanhã quem sabe, daqui cinquenta anos

ou Nunca mais.

Liliane Tsumanuma
Enviado por Liliane Tsumanuma em 14/06/2011
Código do texto: T3033306
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