MERGULHO
Parto hoje sem lembranças...
Parindo-me, parto-me em partes
renascendo num impulso d’um verso mudo.
Viajo nos eus desmemoriados,
velejo nas quadras sem rimas,
nado em palavras que me alucinam.
Teço fio a fio a poesia...
Meu oficio, minha senda , minha sina,
intrínseca em minha vida.
Jogo a isca...
Pesco o sonho que adormeceu enquanto eu dormia.