MERGULHO

Parto hoje sem lembranças...

Parindo-me, parto-me em partes

renascendo num impulso d’um verso mudo.

Viajo nos eus desmemoriados,

velejo nas quadras sem rimas,

nado em palavras que me alucinam.

Teço fio a fio a poesia...

Meu oficio, minha senda , minha sina,

intrínseca em minha vida.

Jogo a isca...

Pesco o sonho que adormeceu enquanto eu dormia.

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 13/06/2011
Código do texto: T3032581
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