Perambulando

Perambulo pelos caminhos,

Não com a precisão de um felino,

Atacando sua presa.

Mas com a fragilidade

de um marinheiro

A deriva num mar revolto.

Vivo com as ilusões infinitas

De um poema inacabado

Com a dor de todos os infortúnios

Por mim mesmo, infinitamente, causados.

Com meu peito aberto

Com minhas feridas à mostra

Com o olhar marejado

Cansado de tudo !

Das coisas malditas

Das coisas benditas

Das coisas finitas

De tudo...de tudo!