Solidão

Manhã de primavera

sem flor, sem aquarela

tuas cinzas esfarelas

nos céus do meu olhar

olhar

do farol quieto e soturno

como um gigante leve

irmão dos pássaros e das vagas

cativando os silêncios d'alma

alma

do cata-vento sem espadas

das magnólias desprezadas

do vaga-mundo desmundado

andarilho sem rumo-trilho

de olhos baixos, fugidios

sem mais

aquele intenso brilho

brilho

da noite banhada em neon

qual lua longa de asas quietas

um convite a vôos distantes

foi assim que ele caiu das nuvens

com "o peso de uma rosa de espuma"

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Davi Cartes Alves
Enviado por Davi Cartes Alves em 03/06/2011
Código do texto: T3012718
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