Odor do Martírio
I
Lânguida e suave
És quase etérea
És quase transparente
És brisa do Oriente
Como frágil Azalea
Perfumosa e muito leve
II
Sentindo já o odor do Martírio
Que é flor da Paixão
Na minha infausta sorte
Prevendo já minha morte
Rogo tua compaixão
Pelo meu sacrifício
III
Vislumbrando já tua presença
Plena da humana vaidade
Tal e qual certa habitante do passado
A tí rogo enlutado
Recorrendo à santa piedade:
Aborta tua própria nascênça!
***