Emilly
E outra vez ela estava ali,
Parada dentre os mortos.
O destino a levava
Sua vontade já não era obedecida,
Seu destino era o necrotério.
Sua alma já estava farta
De tantas tristezas,
Decepções,
Ilusões…
Foi quando num dia frio de inverno,
Emilly amarrou cuidadosamente
As cordas, no alto de seu quarto,
Já que sua alma pedia para sair,
Se libertar.
Cantarolou uma musica,
Tomou sua ultima taça de vinho.
Colocou sua melhor roupa,
Subiu lentamente…
Como se colocasse um colar,
Amarrou as cordas ,
E ao som da 5° sinfonia pulou!
A respiração foi sumindo…
Suas mãos perderam os movimentos…
Suas pernas paravam de se contorcer…
Sua alma descansou…
Seus olhos se encontraram..
Sua pele estava gélida.
Sua voz, não mais se ouvia…
Emilly conseguiu,
Ficar junto aos mortos…
No necrotério…
Na sua tão almejada casa.