Asas e fervor
Quase enlouqueço a me ver,
Atada querendo voar,
Com um gélido mover,
Em torno do cetro.
Desvencilhando-me da real,
Penso aturdida por que ,
Tenho medo da solidão?
Só por ter-me cortada as asas,
E demoliram minha razão.
Eu que amava sem medo,
Pois a mim mesmo amava.
Quando meu ninho era desfeito,
Lutava e outro encontrava,
Pois para isso eu tinha asas,
Para bater e voar.
Forças para construir,
Quantos mim desmanchassem.,
No lugar deste frio,
Que não aceita um manto,
Tinha forças que ardia e à outros inspirava,
Todos diziam: que belo;
Hoje neste lugar está um grande gélido.