DOR
A dor taciturna a sorver-me em solidão
Tudo que vejo ao meu redor não passa de escuridão
As aves já não faz o seu cantar ao entardecer
Estou só em meu casulo interior
As dor a tomar conta de meus caminhos
Levando-me a horizontes distantes
Só é possível ver pedras e espinhos
Sigo em meu rumo errante
Meus pés sangram por estar descalço
Piso leve, caio, piso em falso
Nada penso, nada sou, apenas sinto
Sim, somente ela: - A DOR
Continuo minha jornada imortal
Minha sempre e companheira solidão
Vago como sempre: Sozinho “EU” e a DOR.