DIAS REPETIDOS
Durante horas silentes a fios
Em que meus seios fremem
Os tremores mais sombrios
Que de qualquer deles se temem.
Temer o vazio e a solidão
Abraçar a ambos parcioneiro;
Sondar zeloso o coração
Sem ter que ser prisioneiro.
Ser triste, não estar contente,
Esquecido ou lembrar da dor,
De como doi estar-se absente
E não poder mais tocar a flor.
Uma canção lúgubre oriental
Pulveriza o ar de minh´alcova;
O teu rosto batendo num vendaval
Em minha mente se renova.
Então se repetem todos os dias,
Até que um dia resolva voltar
A alacre vida, minhas melodias,
E mais uma chance de te amar.
(YEHORAM)