Perdido em pensamentos.
 
Cavou poços profundos cheios de agonia.
Escondeu-se de tudo procurando alforria.
Fechou os olhos para o mundo.
Entregou-se ao escuro submundo.
 
Guardou lembranças alegres numa caixa
Aprisionou sentimentos, pensa e não se encaixa.
Nada explica este seu viver.
Não consegue pensar e compreender.
 
Altera o ritmo das coisas em seu caminho.
Pula, atravessa, volta e retorna sozinho.
Não está consciente ser vivente.
O anjo está longe, ausente.
 
Na sua andança encontrou a flor desejada
Colheu-a com cuidado de única florada.
Pensou nela com carinho e afeição
Sua flor perfeita transformou-se em gavião.
 
Seguiu outro rumo á procura do cavalo alado.
Caminhou para o Norte ser indomado.
“Pégaso” nascido do sangue da Medusa.
Valente cavalo, não a tinha como musa.
 
Ser das sombras não sabia
“Atena” domesticou-o com sabedoria.
Mas o arqueiro não cumpriu sua missão.
E o cavalo transformado em Constelação.
 
Continua sua procura desenfreada.
Por algo que o faça sentir amado.
Nunca deixe de sonhar ser abençoado
A vida é um presente, uma dádiva a ser alcançada.
 
 
 
 
PÉGASO

Na mitologia grega era um cavalo alado, que segundo o mito nascido do sangue da Medusa, após ser esta decapitada por Perseu. Atena domesticou o cavalo alado e ofereceu-o ao herói grego, o arqueiro mitológico Belerofonte, para que combatesse a Quimera. Belerofonte tentou usá-lo para aproximar-se do Olimpo, mas Zeus fez com que ele corcoveasse e derrubasse seu cavaleiro, que morreu. Transformado em constelação, o cavalo passou desde então ao serviço de rei do Olimpo.

 Com um de seus coices, fez nascer a fonte de Hipocrene, que se acreditava ser a fonte de inspiração dos poetas.

Com o tempo sua história tornou-se um dos temas preferidos da literatura e das artes plásticas gregas e sua figura destacou-se na literatura clássica com numerosas alusões às fontes de inspiração.