Homem do Crepúculo (baseado em The Crepuscular Old Man de Salvador Dalí)
Cada sonho que passa fora da jaula,
Cada passagem que nos dá aula,
É só mais uma vez!
Espera(m) que seja a última!
Só para fazer (se) (a) vítima,
Um grande solo, talvez...
Caminha-se atento,
Mas ser um voador ajuda!
(Diga-se de passagem)
É por isso que há tanta muda,
De Chá de Esquecimento!
É como se fazer um nascimento:
Precisa querer para haver,
E quando há, ah!
Ninguém esquece!
(É para rir ou chorar?!)
Ó,como estou tão só!
É de doer os dentes,
(não que a alma não trema também),
Mas é que cada vez que falo,
eu escuto um eco tão sádico,
Soa-me tão cínico,
Que,ó!Por mil reais!
-Tantos prazeres carnais!
Tantas considerações banais...
Talvez eu seja o homem do crepúsculo,
Esperando todo mundo,
E não querendo ninguém...