cura
se esquecer o teu rosto,
acredite na morte,
ou na falta de sorte,
de nunca te ter,
se esqueceres o meu,
ou já tenha esquecido,
mesmo adormecido
eu me vejo morrer,
tenho amores que não passam,
e vinhos que não tomo,
eu me vejo em abandono,
de amores as desgraças,
meus amores desenhados,
sou o tem meulhor amigo,
paralelo, sou meu inimigo,
com essa dor que nunca passa,
eu te amo, silencio,
desespero em forma calma,
sentindo minhas mãos geladas,
eu percebo esse vão,
de não ter o teu perfume,
de não ter o teu abraço,
vou pra casa em longos passos,
sem querer sentir meu coração.
continuo entre linhas,
e a morte ao meu lado,
caminhando, coitado,
e a pena leva as curvas,
me sinto derrotado,
todo dia de minha vida,
essa morte despercebida,
chega em mim, você é a cura.