Enclausurada
Estou angustiada,
Meio tonta, meio fora de mim...
Sei que não posso perambular assim
Por deserta e desconhecida estrada.
Sou cicerone de mim mesma,
Por vales e campos estou à toa,
Em nuvens abstratas meu pensamento voa
E meus rastros mergulham em fria correnteza.
O vento que sopra congela minha pele
E num calor íntimo minha essência adormece
Perdida entre os açoites que navegam na imensidão.
Tombo exausta sobre pedras espinhosas e solitárias
Num viés inconsciente de uma região inóspita e semi-árida
Onde pássaros coloridos entoam elegíaca canção!