Enclausurada

Estou angustiada,

Meio tonta, meio fora de mim...

Sei que não posso perambular assim

Por deserta e desconhecida estrada.

Sou cicerone de mim mesma,

Por vales e campos estou à toa,

Em nuvens abstratas meu pensamento voa

E meus rastros mergulham em fria correnteza.

O vento que sopra congela minha pele

E num calor íntimo minha essência adormece

Perdida entre os açoites que navegam na imensidão.

Tombo exausta sobre pedras espinhosas e solitárias

Num viés inconsciente de uma região inóspita e semi-árida

Onde pássaros coloridos entoam elegíaca canção!

Dalva de Oliveira
Enviado por Dalva de Oliveira em 09/05/2011
Código do texto: T2959033