Viver Por Nada


Majestosa lua nua 
Vazio da escuridão que habita as ruas
Indescritivelmente profundo
Ecos disformes do tristonho mundo

Existência abandonada
Dias e noites a esperar pelo nada
Melancolia sufocada no viver estático
Riso amarelado envolto em plástico

Presente cinza diante 
Pálido futuro  inexistente
Solidão mascarada de alegria
Rotineira nostalgia

Tudo desinteressante
Triste constatação do nada
Alma a suportar enfadonho viver
Vãs expectativas de um novo amanhecer
(Ana Stoppa)


Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 09/05/2011
Reeditado em 09/05/2011
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