_______....Alma Occulta

Descanso-me sob a cítara noctívaga

Jazido n´um marmóreo maosoléu

Exausto, ouço a nênia às lacunas da lida

Torpeza esquálida deste ímpio sandeu

Feneço vetusto, pelas têmporas da vida

Aos cântaros e sanguífico, dissipo

Desta carne moribunda e anciã

Oh, reles detentora d´auspício

Sob as pilhérias da rainha cortesã

Deidade suprema de meus suplícios

Mergulhado nos oceanos atemporais

D´onde mia nau por lá está a encalhar

Suplico às intempéries sentimentais

Praguedo ao meu corpo e alma deliniar

Preso estou pelas enxovias surreais

Mas o Amor, ah o Amor ainda soa seus cânticos febris

Mesmo destoando mia tez cândida e morena

Deste mundo apenas deixo meu legado infeliz

Morto arboredo edificado em terras áridas

Ainda posso ouvir o lamento d´Anjo abraçado por su´Imperatriz

Persisto, insisto...

Triste e acre suplício!!!

Mi´alma oblíqua e abaulada...

Se perde nas entranhas de tu´alada!!!

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 03/05/2011
Reeditado em 03/05/2011
Código do texto: T2947811
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