@ENCONTRO V - Privações.
Estendo minhas mãos
às redes dos pecadores,
sou a impaciência
das horas que passam,
vagueiam fantasias
nos bares da esquina.
Guardo purpurinas
para as festas que irão existir,
rasgo esperanças,
nas tardes em desencontros.
Sou indigente,
sem óbolos no gorro,
improviso alegrias
nas anedotas repetidas.
A meio fio me perpetuo
como cão em sarnas.
Sou artista de mentira,
vigio arco-íris inexistente,
roubo o vento do tempo,
respiro o beijo que não vou ter.