DO POR DO SOL AO AMANHECER
só as onomatopéias me fazem companhia:
o barulho insurdecedor do relógio
a minha voz que escoa em agonia
só as coisas secretas me fazem companhia:
os pensamentos que gritam em meu peito
os ruídos da casa vazia
só, somente só, a tua ausência me faz companhia
no tuc tuc das coisas secretas
e no tic tac da minha covardia
e eu aqui... só.
a esperar por ti... calada.
ao som de pneus na estrada.