Perdido
No meio das várias afiadas lascas de pedras duras andei
por entre os tais inpensaveis caminhos mais que bizarros
sem ter um bom conforto moderno que advém dos carros
na aspera estrada por onde fui, ambas as solas eu cortei
A fome era constante como a sombra não parida, contra ventos
vinha pelo caminho inexplorado com minha total desilusão
cruzando as mais duras pontes, duras como meu coração
passando varias noites no frio, entre os cães mais que sarnentos
Tinha perdido a minha rota original e meu compasso
é por isso que vou com a cautela , vigiando o passo
mas o negro céu não ajuda, cobrindo constelações
com uma negra fumaça vinda da boca dos vulcões
Tombo em cima do monte que vejo na estrada, já exausto
eu tenho a leve impressão de ter desmaiado, inconsciente
jogado de lado, para ser pisoteado por todo tipo de gente
deixei que este sol me consumisse como a um holocausto
Durmindo no meio do deserto, sequei até minha morte
o meu corpo incomoda retirantes passando pela suja pista
sinceramente, não sei o que incomoda: se somente a vista
ou saber que isto poderia ter sido réplica da má sorte