O VELHO E O NOVO

Uma criança corre sem rumo

certo:

distante dali o que há?

Vozes angelicais entoam palavras

puras:

a experiência dita o tom aos

ouvidos de vidro do curador.

Em silêncio a cria observa

a lição:

roucas vozes questionam a

aparição

de quem admira ser o pródigo.

Digo algo que não suportam

meus dons aos primeiros

da fila à sala de estar.

O vinho ensurdece os passos

do viajante ao dia de ontem;

sem memória as águas

lavam a roupa para o

passeio da poeira no ar.

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 19/04/2011
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