CALO-ME
Calo-me!
Estou muda!
Vou me afastar de tudo,
Não quero levar a tristeza
Nem meu silêncio ao mundo.
Poesia precisa de alegria
De dias e noites lindas,
De pássaros em revoadas
De amores felizes, sem cicatrizes.
Calo-me!
Nada tem haver com paixões!
São legados recebidos sem soluções
São primaveras perdidas na solidão,
É minha vida que já não conhece emoção.
Assim eu prefiro me calar!
Fecho portas e janelas ao luar,
Busco na penumbra a dor passar,
Sou alegria! Isso me apraz
Me salva do amor e da dor que ele trás.
Podem não entender! Não liguem!
Só a mim interessa o que digo,
Vamos brindar os amigos!
Mesmo virtuais me acolhem e abrigam.
Márcia Rocha
15/04/2011