Outono.
Noite de outono,
o leito, rito sumário,
agasalha o meu corpo.
Divago no voo de um inseto,
que busca no teto
a luz clarividente.
À antiga, caneta e papel,
rabisco versos,
cláusulas do meu vazio.
Não meço distância,
palavras confessam
melancolia, inquietude.
Cravo as letras
em saudades,
saudades do teu corpo.