ANTROPOFÁGICO CORAÇÃO
Quero nossa antropofagia simiesca
E de teus medos ver-te esmadrigada
Pois de meu coração retiras-te a pátina
Nas vascas desses meus sentimentos
Sinto em mim todos teus encantamentos
Nessa minha madrugada embriagada
Trago em mim o embrião da vulnerabilidade
E o mesmo foi por ti totalmente aliciado
És meu remédio meu veneno minha rotina
Pois amo o teu todo e tua divisibilidade
E me és algema e também carta de alforria
Tenho ciúmes de teus seios encostados a Jesus
Ainda mais quando sei que esse é mais que terreno
E não posso distinguir o que clima que ali corria
Ou o que em mim ocorria por conta dessa legibilidade
E fico entre ter você e perder você como a espada e a cruz
E no antro de meus medos seria uma tragédia Dantesca
Ah... Fosse tudo nesse contexto um germinar diferente
Semearia minha dor em meus próprios canteiros
Para que assim brotasse só em mim o amargor
E meus gritos de socorro fossem para ti os primeiros
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