Olhar enfermo
Choram a morte, as carpideiras
Margaridas, dançam ao vento
As horas vão, corriqueiras
A passar, buscando assento
Uma angústia, aqui, no peito
Faz alarde, cobra alento
Olhar se entrega no feito
A buscar quem o console...
Procuram com ansiedade
Pela tua face amada
Dono da paz que me invade
Mas ao ermo, acha o nada
Infinito em que se perde
Pela vida amortalhada.