Olhar enfermo

Choram a morte, as carpideiras

Margaridas, dançam ao vento

As horas vão, corriqueiras

A passar, buscando assento

Uma angústia, aqui, no peito

Faz alarde, cobra alento

Olhar se entrega no feito

A buscar quem o console...

Procuram com ansiedade

Pela tua face amada

Dono da paz que me invade

Mas ao ermo, acha o nada

Infinito em que se perde

Pela vida amortalhada.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 11/04/2011
Reeditado em 11/04/2011
Código do texto: T2901847