Tua Escrava

Hoje eu acordei com a saudade gritando o nome teu

Perguntando pelo futuro que um dia me prometeu

Buscando a tua pele quente e o teu peito largo

Tentando esconder-se do cobertor frio e letargo

Pois o calor do teu abraço já não é mais meu

Hoje eu caminhei sozinha sentindo o peso da tua ausência

Que sobre minhas costas suplicava e pedia clemência

Pois já não suporta mais acompanhar minha solidão

Que por onde eu ando desenha pegadas no chão

Tentando me fazer esquecer a tua desmedida indolência

Hoje eu fechei meus olhos num ritual de isolamento

Porque a noite me tem sido um cemitério de sentimentos

Onde, por mais uma vez, inumei o que de ti restava

Para que no crepúsculo eu não seja mais essa escrava

E acordando para mim mesma declare meu livramento!

Jessik Andrade
Enviado por Jessik Andrade em 05/04/2011
Reeditado em 05/04/2011
Código do texto: T2890151
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