Dia de morte.

Este corpo que comanda meus atos

Empurra-me ao inferno

Para boca de satanás

Sem outras chances, ou outros aís

Cálice de fogo entregue ao juiz

Tolice de um homem

Que luta para ser feliz

Agora o frio na espinha

Nascido pela brisa

No Ruah final, vai-se de vagar.

Vagarosamente a vida

Querigma! Um suporte da morte.

Emplastado a dura sorte, com sede, com fome.

Sobrou-me um profundo corte

Que na corte dos reis

Palhaços e damas

Famintos de gana

Lavam-se com lama

Ouçam escutar este corpo frágil

Que nunca foi hábil

Esquelético vulgar, que ostenta o plagio.

Ofuscadamente meus olhos

Vibram com as idéias da mente

Em um banheiro azulejado

Branco, vermelho sangue, ou cinza morte.

Não houve adeus, apelos ou aplausos.

Quem não me entendia, ficou com a incompreensão.

O pai ausente, a mãe supérflua, o filho problemático.

Um amigo nobre recebido com abraços

Sem chacotas, brincadeiras maldosas ou bulingy.

Ajudando-me com meu profundo corte,

Então fui de mãos dadas com a morte.

guido campos
Enviado por guido campos em 04/04/2011
Reeditado em 04/04/2011
Código do texto: T2888380
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