Dia de morte.
Este corpo que comanda meus atos
Empurra-me ao inferno
Para boca de satanás
Sem outras chances, ou outros aís
Cálice de fogo entregue ao juiz
Tolice de um homem
Que luta para ser feliz
Agora o frio na espinha
Nascido pela brisa
No Ruah final, vai-se de vagar.
Vagarosamente a vida
Querigma! Um suporte da morte.
Emplastado a dura sorte, com sede, com fome.
Sobrou-me um profundo corte
Que na corte dos reis
Palhaços e damas
Famintos de gana
Lavam-se com lama
Ouçam escutar este corpo frágil
Que nunca foi hábil
Esquelético vulgar, que ostenta o plagio.
Ofuscadamente meus olhos
Vibram com as idéias da mente
Em um banheiro azulejado
Branco, vermelho sangue, ou cinza morte.
Não houve adeus, apelos ou aplausos.
Quem não me entendia, ficou com a incompreensão.
O pai ausente, a mãe supérflua, o filho problemático.
Um amigo nobre recebido com abraços
Sem chacotas, brincadeiras maldosas ou bulingy.
Ajudando-me com meu profundo corte,
Então fui de mãos dadas com a morte.